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Localizado em Peruíbe, no
litoral de São Paulo, este rio traz boas opções de pesca, tanto em seu leito
como em sua barra. Vale a pena conferir mais esta opção.
A cidade de Peruíbe,
localizada no litoral sul do estado de São Paulo, fica distante da capital
cerca de 160 quilômetros. Pode ser atingida pela rodovia Pedro Taques,
partindo-se de Santos ou São Vicente, ou então pela BR116, que liga São
Paulo à Curitiba. Optando por esta última, deve-se entrar à esquerda logo
após a cidade de Miracatu, onde há farta sinalização mostrando a “estrada da
Banana”, via Itariri, no Vale do Ribeira. Chegando-se à Peruíbe, devemos
então ir em direção do “morro da caixa d’água”, onde uma pequena estrada
pavimentada, mas cheia de curvas, portanto perigosa, nos leva para o outro
lado do morro. No final dessa estrada devemos entrar à esquerda para atingir
nosso roteiro; se entrarmos à direita iremos atingir o rio Una.
Ao entrar à esquerda, o
asfalto acaba e teremos uma boa estrada de areia e terra. Após passarmos uma
ponte, devemos observar que à direita há uma estrada larga. Para atingir o
rio Guaraú, devemos pegar essa estrada e após oito ruas à esquerda iremos
atingir esse rio. Se ao invés de entrarmos à direita após a ponte
continuarmos a seguir em frente, inevitavelmente chegaremos à praia.
Pesca na praia:
Ao atingir a praia, o
pescador deverá entrar à direita, caminhando pela areia da praia. A uma
distância aproximada de 1,5 quilômetros está a barra do rio Guaraú. Os
melhores pesqueiros estão localizados em uma extensão de aproximadamente 200
metros logo após passarmos a última casa. É uma praia considerada do tipo
“rasa”, onde os canais são bem visíveis nos movimentos das ondas.
No que se refere às iscas
(camarão, sardinhas, etc), estas poderão ser compradas no terminal pesqueiro
de Peruíbe. É bom lembrar que esse terminal não costuma abrir muito cedo,
tendo um movimento de vendas a partir de 10 horas da manhã. Portanto, no
caso de haver maré bem cedo, é bom se prevenir. O corrupto pode ser
encontrado em grande quantidade na própria praia, sendo facilmente
localizado. Se quiser pescar com corrupto, lembre-se de que o mesmo só será
visível em marés de 0,20 metros para baixo e sempre na vazante da maré.
Como se sabe, a pesca de
praia é muito mais produtiva na enchente da maré, portanto, no final da
vazante e no início da enchente, temos cerca de uma ou duas horas para pegar
a isca com tranqüilidade.
Pode-se fisgar principalmente
betaras, robalos e corvinas.
Detalhe especial:
-
betaras
- apesar de serem a grande maioria, alguns indivíduos são de grande
tamanho, coisa não muito comum hoje em dia;
-
robalos
- explica-se facilmente a presença desse peixe na praia devido à
proximidade do rio no qual existe muitos peixes pequenos, mas onde
certamente poderão ser fisgados grandes exemplares.
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Na pesca de praia, portanto,
este local é uma ótima opção. Como cuidado especial, recomenda-se a
observação da maré máxima na cheia, pois a água do mar, no reponto, chegar a
“lavar” toda a areia, batendo mesmo nas pedras que protegem as casas e
chegando até a beirada do mato da praia. Observe, portanto, a tábua de
marés, para poder parar o carro ou acampar em segurança. E, no retorno da
pescaria, espere a maré descer para trafegar em segurança até a estrada.
Recomenda-se que se faça a pescaria nas luas nova ou cheia, com marés
grandes, ou seja, de 1,30 m para cima.
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Pesca no rio:
O rio Garaú tem
aproximadamente seis quilômetros de extensão aproveitáveis para a pesca.
Seus principais pesqueiros são os locais com galhadas e pedras. Para quem
pesca com iscas artificiais, os peixes que mais “baterão” serão os robalos;
no entanto, bem no fim da maré vazante é possível fisgar caranhas de bom
tamanho. São comuns nesse rio notícias de robalos de 10 a 15 kg, fisgados
por pescadores amadores. Quem pesca robalo sabe que embarcar um peixe acima
de 6 kg é uma questão de pura sorte, já que, estando perto das galhadas onde
cracas e ostras cortam como navalhas, o robalo procura essa proteção após
ser fisgado, muitas vezes rompendo a linha. O embarque então é de chance
máxima de 10% a favor do pescador.
As melhores marés, no rio
Guaraú, são aquelas que se situam entre a altura máxima de 1,30 e mínima de
0,60 m. Normalmente, encontramos essas marés entre o terceiro e o quinto dia
da lua nova. Uma outra dica muito importante para o sucesso dessa pescaria é
que o pescador escolha um dia onde ocorram duas “viradas” de marés. Por
exemplo: tome-se um dia em que o primeiro reponto da maré cheia ocorra às 3
horas da manhã. Como sabemos que a corrida da maré tem uma duração de 6
horas, concluímos então que a vazante ocorrerá até as 9 horas da manhã.
Chegando-se no rio às 5:30 horas da manhã, por exemplo, teremos um bom
período de três horas e meia para pescar na vazante. O reponto então
ocorrerá às 9 horas da manhã, quando então a maré começará a subir.
Novamente teremos uma corrida de enchente com duração de 6 horas.
A subida da maré não é boa hora para a pesca de robalos, a não ser na
primeira hora, quando a água ainda está se mexendo, pois será inevitável,
nos rios de litoral, que a água do rio pare de correr, já que pela força da
água do mar ela fica represada. O robalo só “pega” com a água correndo. Aqui
cabe uma boa dica, já que praticamente ficaremos cerca de 6 horas sem
pescar, até que a maré vaze novamente: tenha a preocupação de levar para a
sua pescaria uma boa quantidade de minhocas – a velha e tradicional minhoca
natural. Suba bem o rio, e lá onde a água estiver completamente doce,
procure um poço com mais ou menos 2 metros de profundidade ( normalmente
estão localizados em pequenas curvas ou enseadas do rio). Com uma vara
telescópica ou uma vara de bambu, linha do tamanho da vara, um pequeno
chumbo oliva solto na linha e um anzol pequeno, isque a minhoca e jogue o
anzol perto da margem.
Com certeza, você não terá tempo de pescar com duas varas, pois os acarás
e lambaris não lhe vão dar sossego. Os lambaris são da espécie tambiú, e os
acarás chegam a quase meio quilo. A felicidade de pegar um acará grande
acontecerá sempre que os acarás menores derem chance ao grande de achar a
minhoca primeiro que eles. Você poderá passar boas horas pescando essas duas
espécies, até que a maré vire novamente. Então às 15 horas ocorrerá um novo
reponto, começando uma vazante que permitirá a pesca até o fim do dia, ou
enquanto ainda houver luz.
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Os melhores pesqueiros do Guaraú são as pedras, o
barrando alto e as duas curvas acentuadas, com galhadas. Deve-se usar uma
poita para parar o barco nesses locais e manter uma distância de 20 metros
entre o pesqueiro e o barco. Lembre-se de que os robalos têm portaria do
Ibama que os defende, no que se refere aos tamanhos mínimos. Desta forma, o
robalo do tipo “peva” (é o de cor mais escura) tem tamanho mínimo de 30
centímetros para captura, enquanto o robalo “flecha” (é o que tem as
barbatanas mais amarelas e corpo mais fino e comprido), tem o tamanho mínimo
de 45 centímetros para captura. A propósito, Guaraú, em tupi-guarani,
significa “garça preta”.
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